
despachei num par de dias (sou um gajo tendencialmente folgado) o
perto da felicidade do richard yates, edição quetzal, uma pérola agridoce de cento e tal páginas, retrato escorreito e implacável da américa, das américas, mas relembro que o fatinho da banalidade, do torpor da classe média, serve-nos a todos; afinal, somos todos americanos, pelo menos desde o world trade center ou da morte do michael jackson. portanto, caros 12 leitores, se entendem que o tempo de verão, maresia, gelado olá e areia no pipi deve ser acompanhado da palavra DECEPÇÃO, conceito charneira deste canhenho, apressem-se a pegar no yates e esqueçam as bolas de berlim gordurosas vendidas no areal. nunca ninguém morreu com um avc de colesterol literário.