ambiente ao rubro para jantar na leitaria condestável, eufemismo para tasca, tugúrio hardcore que serve a tal bifana que impede que nos constipemos por dois ou três anos, antibiótico em forma de molho e colorau, mesas repletas, atasco-me à do senhor joão, habitué do copo três sem humores para os sólidos e lanço o pedido à donzília, trinómio sopa-bifana-imperial, hoje é dia de caldo verde, com tora, só uma é chouriço se fossem três era kurosawa, as conversas rodam à volta do mesmo, o senhor joão se não come ainda vai parar ao hospital, o determinismo cego do homem fá-lo alvitrar uma vida até aos 100 anos, o gordo da mesa de trás incita à perda de peso, se as calças lhe ficarem a nadar passam para mim, suponho que sem irem à lavagem, que isso é vocábulo que se dá ao alimento dos porcos, e na leitaria sopra a dignidade do tinto da casa com a parede por amparo, na mesa ao fundo três mulheres de olhos encovados e faces idem fornecem jantar a um petiz, o pires da bifana do miúdo tem de ser mais pequeno, apesar de pagar o mesmo pelo sucedâneo de mostarda sem rótulo à vista, eu a debicar as cerejas e a tv sintonizada no 4 a incentivar-me a voltar ao turno, de livro da quidnovi no sovaco, esse tal quidnovi deve vir para o benfica e assim for é reforço pela certa, quatro euros e noventa e cinco, estugo o passo e penso que as coisas que me reconfortam saem em conta e com este tipo de ambições nunca chegarei a comprador de livros de gestão, com títulos a dar para o engraçadinho, páginas de lobos com títulos que nem o cordeiro mais ridículo aceitava. quem mexeu no meu queijo? foda-se, vivam as bifanas.
ambiente ao rubro para jantar na leitaria condestável, eufemismo para tasca, tugúrio hardcore que serve a tal bifana que impede que nos constipemos por dois ou três anos, antibiótico em forma de molho e colorau, mesas repletas, atasco-me à do senhor joão, habitué do copo três sem humores para os sólidos e lanço o pedido à donzília, trinómio sopa-bifana-imperial, hoje é dia de caldo verde, com tora, só uma é chouriço se fossem três era kurosawa, as conversas rodam à volta do mesmo, o senhor joão se não come ainda vai parar ao hospital, o determinismo cego do homem fá-lo alvitrar uma vida até aos 100 anos, o gordo da mesa de trás incita à perda de peso, se as calças lhe ficarem a nadar passam para mim, suponho que sem irem à lavagem, que isso é vocábulo que se dá ao alimento dos porcos, e na leitaria sopra a dignidade do tinto da casa com a parede por amparo, na mesa ao fundo três mulheres de olhos encovados e faces idem fornecem jantar a um petiz, o pires da bifana do miúdo tem de ser mais pequeno, apesar de pagar o mesmo pelo sucedâneo de mostarda sem rótulo à vista, eu a debicar as cerejas e a tv sintonizada no 4 a incentivar-me a voltar ao turno, de livro da quidnovi no sovaco, esse tal quidnovi deve vir para o benfica e assim for é reforço pela certa, quatro euros e noventa e cinco, estugo o passo e penso que as coisas que me reconfortam saem em conta e com este tipo de ambições nunca chegarei a comprador de livros de gestão, com títulos a dar para o engraçadinho, páginas de lobos com títulos que nem o cordeiro mais ridículo aceitava. quem mexeu no meu queijo? foda-se, vivam as bifanas.
parece-me natural que a senhora que acabou de comprar o texto/manifesto o provincianismo do povo português de fernando pessoa passe os minutos seguintes a folhear embevecida a autobiografia do carlos castro.
parece-me natural que a senhora que acabou de comprar o texto/manifesto o provincianismo do povo português de fernando pessoa passe os minutos seguintes a folhear embevecida a autobiografia do carlos castro.
fui integrado pelo hugo solvstäg numa daquelas cadeias que, de quando em vez, serpenteiam pela blogosfera e que são razoavelmente do meu agrado. é reconfortante perceber que nestas cadeias temos muito menos hipóteses de contrair hepatite ou de conhecer as agruras da sodomia não consentida. como tal, integro-as com gosto e em respeito ao excelente blogger que se lembrou de me desafiar, tendo corrido o risco de o ter feito com um tipo que podia muito bem nunca ter lido cinco livros na vida – moi même. afinal de contas, a vanessa fernandes só leu dois e é considerada de forma unânime uma grande campeã. e uma grande benfiquista, o que não surpreende no que toca à relação com a literatura.
bastando então de palavreado, aqui vai a lista das minhas últimas cinco maravilhas:
o adeus às armas, ernest hemingway diário de um skin, antonio salas as loucuras de brooklyn, paul auster a senhora, catherine clement marlboro, sarajevo, miljenko jergovic
seguindo a lógica da cadeia endosso a responsabilidade da revelação ao azia, ao eduardo, ao vitor, ao joão gaspar e à tatiana. faites vos jeux, s'il vous plait.
fui integrado pelo hugo solvstäg numa daquelas cadeias que, de quando em vez, serpenteiam pela blogosfera e que são razoavelmente do meu agrado. é reconfortante perceber que nestas cadeias temos muito menos hipóteses de contrair hepatite ou de conhecer as agruras da sodomia não consentida. como tal, integro-as com gosto e em respeito ao excelente blogger que se lembrou de me desafiar, tendo corrido o risco de o ter feito com um tipo que podia muito bem nunca ter lido cinco livros na vida – moi même. afinal de contas, a vanessa fernandes só leu dois e é considerada de forma unânime uma grande campeã. e uma grande benfiquista, o que não surpreende no que toca à relação com a literatura.
bastando então de palavreado, aqui vai a lista das minhas últimas cinco maravilhas:
o adeus às armas, ernest hemingway diário de um skin, antonio salas as loucuras de brooklyn, paul auster a senhora, catherine clement marlboro, sarajevo, miljenko jergovic
seguindo a lógica da cadeia endosso a responsabilidade da revelação ao azia, ao eduardo, ao vitor, ao joão gaspar e à tatiana. faites vos jeux, s'il vous plait.