Terça-feira, 31.03.09
vejo um excerto do novo Oliveira, com o carisma muito "peculiar" do ricardo trêpa à conversa com a menina wallenstein, ao fundo um friso de melómanos assiste a um show de harpa dedilhada, o par em modo arrufo fala sobre leques, sobre caxemiras, o clima supõe-se de sedução e dou por mim a rir à gargalhada. foda-se, que não tenho emenda.
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por Pedro Vieira às 23:44
Terça-feira, 31.03.09
vejo um excerto do novo Oliveira, com o carisma muito "peculiar" do ricardo trêpa à conversa com a menina wallenstein, ao fundo um friso de melómanos assiste a um show de harpa dedilhada, o par em modo arrufo fala sobre leques, sobre caxemiras, o clima supõe-se de sedução e dou por mim a rir à gargalhada. foda-se, que não tenho emenda.
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Terça-feira, 31.03.09
para a semana jogamos um amigável com os courato-courato.
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por Pedro Vieira às 23:10
Terça-feira, 31.03.09
para a semana jogamos um amigável com os courato-courato.
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Terça-feira, 31.03.09
colectivo conde redondo
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por Pedro Vieira às 16:23
Terça-feira, 31.03.09
colectivo conde redondo
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Terça-feira, 31.03.09
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por Pedro Vieira às 12:46
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por Pedro Vieira às 12:46
Segunda-feira, 30.03.09
© rabiscos vieira
Maria Velho da Costa, então, a minha estreia com uma das três mãos que amassou as Cartas Portuguesas, passe a imagem cronenberguiana – adjectivo que até inventei agora depois de pensar no Ricardo Carvalho a lateral direito – que amassou o diabo que é a vida de
Myra, personagem-turbilhão amiga da selvajaria em carrossel, em cornucópia da abundância arame farpado, que atravessa o livro todo, todinho. Divido a desdita da russa Myra, que também é Kate, que também é outras, em três partes: Purgatório no arranque, Céu de algodão doce no meio, Inferno no fim, mas até este Céu é de algodão encardido, o açúcar é de safra fatela, assenta no horror velado que há-de estar à vista, imediatamente antes da queda a pique de Myra-Lúcifer e seu cão, a violência bem temperada, a linguagem contemporânea e eu encantado. Os dois viajantes, moça e bicho, só não deambulam pelo Limbo, o Vaticano até já o extinguiu, as crianças por baptizar já lá não dão com os costados, a autora não revela se Myra foi agraciada com o dito sacramento, sabemos sim que se benze à russa, da direita para a esquerda, que lembra as cúpulas douradas da terra natal, que pensa na avó, na dor, na neve, na vida fodida para a porrada, aliviada por um cândido Orlando com pouco optimismo, e percebe-se o porquê. Mas para tal leia-se, mastigue-se, digira-se esta Myra com travo a fel e bortsch e vice-versa. Uma nota que me azedou o paladar – a espaços a russa que notoriamente afiou a vida na sarjeta dá-se ares de filósofa, de ser bem-pensante que a vida em carne viva não deixaria adivinhar. Como na viagem em que Myra arranca do Algarve. E é este detalhe que me faz resumir uma leitura do caralho em duas palavras: Amei. Mas.
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por Pedro Vieira às 21:06
Segunda-feira, 30.03.09
© rabiscos vieira
Maria Velho da Costa, então, a minha estreia com uma das três mãos que amassou as Cartas Portuguesas, passe a imagem cronenberguiana – adjectivo que até inventei agora depois de pensar no Ricardo Carvalho a lateral direito – que amassou o diabo que é a vida de
Myra, personagem-turbilhão amiga da selvajaria em carrossel, em cornucópia da abundância arame farpado, que atravessa o livro todo, todinho. Divido a desdita da russa Myra, que também é Kate, que também é outras, em três partes: Purgatório no arranque, Céu de algodão doce no meio, Inferno no fim, mas até este Céu é de algodão encardido, o açúcar é de safra fatela, assenta no horror velado que há-de estar à vista, imediatamente antes da queda a pique de Myra-Lúcifer e seu cão, a violência bem temperada, a linguagem contemporânea e eu encantado. Os dois viajantes, moça e bicho, só não deambulam pelo Limbo, o Vaticano até já o extinguiu, as crianças por baptizar já lá não dão com os costados, a autora não revela se Myra foi agraciada com o dito sacramento, sabemos sim que se benze à russa, da direita para a esquerda, que lembra as cúpulas douradas da terra natal, que pensa na avó, na dor, na neve, na vida fodida para a porrada, aliviada por um cândido Orlando com pouco optimismo, e percebe-se o porquê. Mas para tal leia-se, mastigue-se, digira-se esta Myra com travo a fel e bortsch e vice-versa. Uma nota que me azedou o paladar – a espaços a russa que notoriamente afiou a vida na sarjeta dá-se ares de filósofa, de ser bem-pensante que a vida em carne viva não deixaria adivinhar. Como na viagem em que Myra arranca do Algarve. E é este detalhe que me faz resumir uma leitura do caralho em duas palavras: Amei. Mas.
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por Pedro Vieira às 21:06