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derivado à circunstância de hoje trabalhar à distância de 15 minutos a pé do meu domicílio, em passos regulares que nunca tive passada elástica provavelmente graças aos antecedentes badochas que me condenaram a uma postura marreca e arisca a desempenhos glabros mas essa é toda uma outra história de há uns quilos atrás, dizia, a 15 minutos a pé do domicílio, parte dos quais gastos na travessia da rua braancamp, geografia de tapumes, quiosques, edifícios prémio-valmor-com-franjinhas, um ou outro bica center, palácio presidencial do ex.mo senhor primeiro-ministro do inglês técnico, calçada à portuguesa, gente que trabalha estuda passeia erra, isto é um privilégio, a distância e o trajecto, e por conseguinte, a distância e etc, acabo por dizer olá e adeus a uma série de paragens de autocarro, mesmo naqueles dias amorrinhados em que cai a chuva-molha-parvos, aquela que mais consegue deixar-me lambido da pluviosidade, e numa dessas paragens noto que amanhece sempre a mesma senhora, indiferente a quem passa ou a quem espera pelas carreiras, com o capuz enfiado e os sinais de uma noite passada ali mesmo, ao relento e enquadrada em moldura de acrílico para todas as classes verem, as médias, indiferentes, as outras idem aspas, amanhece ali e arranha-me sempre a atenção, o aparato companhia carris de ferro de lisboa + passageiros alheios + sem-abrigo, sempre, nos dias mais amáveis e também nos impenitentes em que faz frio e pavor, eu olho, reparo, e escrevo posts, e não faço mais nada, é cá uma vantagem do caralho para quem pode precisar de uma mão, de um conforto, mas por alguma razão ela fica-me na retina e não deixo de achar curioso que naquela paragem se apanhe o autocarro para o Calvário. directo.
nós temos uma cultura política muito negativa, o cidadão diz mal dos políticos e da política, e com razões que são dadas aos cidadões para isso.
maria josé nogueira pinto à sic notícias, 26/10