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aos 17 temerários que o compraram, pediram emprestado, receberam de presente e/ou de mão-beijada, aos que o roubaram, folhearam, miraram de soslaio, aos que escreveram sobre ele e ainda por cima o degustaram com prazer, aos que o incentivaram, o meu sentido obrigado. os livros são de quem os lê e pouco mais importa.
uma narrativa que é um fresco que é um retrato que é um corte de bisturi na sociedade à brasileira, misto de bas-fond e antiguidade clássica, putaria e tragédia grega, sexo violência calão submundo embelezados de forma a agradar à intelligentsia mais ou menos assumida, calha bem, leitor de griffe que goste de chavascal está bem defendido com as citações, os remoques em latim, o sub-texto inteleigente, e lá ao fundo a análise, o garimpar das desigualdades que não é molestado pela moral, antes pelo contrário, mais o recurso sistemático ao coloquial, à oralidade que encosta as personagens ao nosso coração, a empatia para com os protagonistas, para com o protagonista, brasileiro encharcado em raízes portuguesas, que até bebe periquita, que se auto-parodia, que de investigar sabe pouco, de narrar sabe tudo, de libido é o que se vê "ereção, pior que doença". e mais que tudo, a morte. a grande arte como em a grande arte de matar com a faca. ao detalhe. e a morte, que só os humanos sabem ter por horizonte e por isso criam. escrevem. fazem arte. a grande arte. ide ler, deliciai-vos.
Sandro está ansioso por ir ver a Florbela, Carina não compreende por que é que fazem filmes sobre a mulher do Djaló.
vem aí o segundo festival literário da madeira. eu vou lá estar. não cabendo no literário, ou me encaixo no festival ou na madeira. é ver.
Sandro está em pulgas para ir ver a vergonha, Ruca não compreende como é insistem em fazer filmes sobre o governo Passos Coelho.
ai que prazer, não cumprir um dever, ter um banho para tomar e não o fazer.