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e o Cavaco, caralho?
que no caso deve ler-se como "rêgo", como se lá estivesse um acento circunflexo à moda antiga, isto para se perceber o paralelo entre a cantilena do Teló e certa e determinada zona da cidade à qual voltei cheio de ganas após anos de pousio, e a explicação prende-se com o facto de eu ter voltado a sentir vontade de nadar no rego, que é um sítio que acolhe sem discriminar, ou melhor, senti falta de dar braçadas e respirar sincopadamente e andar de bruços no rego e percebi que o tanque municipal lá continua, disponível para acolher-me, bem como a outros lisboetas, no reu refego (leia-se refêgo), um mimo de serviço público, vida saudável à distância de um euro e setenta por cada visita, com direito a piscina de 25 metros, banho quentinho, cacifo e velhos nus em cachos que nos mostram o que será o nosso corpo daqui a uma trintena de anos, se lá chegarmos, é que com os pacotes de austeridade não sabemos se a sodomia de estado não acabará por contaminar-nos com a sida dos impostos, ou com o câncaro do custo de vida insustentável, enfim, é cruzar os dedos, poupar o que se puder antes que a Brunhilde de berlim nos atire borda fora do euro, e fazer piscinas, a ver se nos mantemos saudáveis e aptos para trabalhar até ao fim dos nossos dias, que isso de ser reformado foi chão que deu cloro, os últimos vejo-os agora no rego, em aulas de hidroginástica matinal pontuadas pelo Teló, ai se eu te pego, ou pelos Buraka Som Sistema, we stay up all night, coisa de que não duvido até porque toda a gente sabe que os velhos dormem pouco. só não vale deixar cair o gel de banho no duche, para isso já bastam as medidas do Pedro cidadão. do Pedro pai. do Pedro amigo.
em cada esquina um amigo. e uma puta com problemas de estomatologia.
homem sodomizado com um pau abdica de queixa à PJ
DN, 6 set