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políticos que são treinadores de bancada, ex-governantes que são comentadores, leia-se, fazedores de opinião, leia-se, faróis pelos quais nos devemos guiar, um consolo, até faz quentinho no coração, a espaços até uma ou outra erecção, abanar de cauda ou salivar imprudente, em cada jorge coelho marques mendes santana lopes marcelo rebelo de sousa josé sócrates ferreira leite ângelo correia augusto santos silva manuel maria carrilho, um agasalho, ex-ministros e similares que nos dão a mão, no exercício do poder pós-eleitoral e sobretudo no pós-pós eleitoral, somos muitos muitos mil os embalados pelos membros do clã do "arco da governação", expressão cunhada por boa parte da opinião publicada, que no fundo também é composta por políticos que são treinadores de bancada, ex-governantes que são comentadores, leia-se, fazedores de opinião, leia-se, faróis pelos quais nos devemos guiar, um consolo, até faz quentinho no coração, a espaços até uma ou outra erecção, abanar de cauda ou salivar imprudente, em cada jorge coelho marques mendes santana lopes marcelo rebelo de sousa josé sócrates ferreira leite ângelo correia augusto santos silva manuel maria carrilho, um agasalho, ex-ministros e similares que nos dão a mão, no exercício do poder pós-eleitoral e sobretudo no pós-pós eleitoral, somos muitos muitos mil os embalados pelos membros do clã do "arco da governação", bom, percebe-se a ideia, teoria do eterno retorno sem passar pela casa da reciclagem, uma sociedade fechada, endogâmica, que se vai preservando e protegendo e autoreproduzindo e revezando, palavra-chave é "consanguinidade", como na melhor tradição das famílias reais e das cabeças coroadas, entenda-se, timoratas, por tradição e vocação e por interesse, eterna luta de classes, castas, o que for, e sempre com o mesmo resultado, sangue que não se mistura, espécie de fodus inter pares, perdoe-se-me a liberdade latina, gera descendentes que são súbditos que são basbaques que são eternos bebés de colo, em número a rondar os dez milhões, nascidos malditos e com um atraso profundo, é do bê-á-bá da biologia, pois, mas desgraçadamente também é produto da nossa vontade. o povo é quem mais ordena? não sei, vou perguntar ao marcelo a ver o que é que ele acha.
dia mundial da poesócrates.
Sandro não só está solidário como espera que a leve até às últimas consequências.
outra semana de parágrafos na melhor das companhias, uma espécie de casamento feito no céu involuntário que eu explico, de um lado os judeus errantes do joseph roth, publicado pela sistema solar, do outro o diário da queda do michel laub, publicado pela tinta da china, de um lado um ensaio de 1927 capaz de antever a desgraça oculta por detrás das nuvens do nazismo, desgraça cujas sementes estavam debaixo de terra europeia há muitos anos, do outro lado, do outro lado do mar, um romance que é uma inquietação, identidade, ironia, negrume, revolta, um homem atropelado pelas memórias pelo sufoco pelo mal-estar herdados do avô e do pai, empenhado em mostrar que depois de auschwitz pode não haver poesia mas há literatura, dois livros mastigados consecutivamente e sem querer, judaísmo pertença desarrumação intelectual a duplicar, tenho inveja de quem sabe ler o futuro clareza, tenho inveja de quem sabe ler o passado com clareza, cobiço a escrita elegante e o que os brasileiros fazem com a língua. no pun intended. ah, pois, os fantasmas da europa ainda andam por aí.
hoje sonhei que o mário de carvalho tinha o corpo e a voz do encenador joão mota.
rabiscos vieira
se bem que hoje também se assinalam outras coisas, como os 80 anos do mestre Roth, e portanto aqui fica a minha jokinha de parabéns. e à distância.