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irmão lúcia



Terça-feira, 12.03.13

conclave

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por Pedro Vieira às 18:14

Segunda-feira, 11.03.13

cem anos de ilusão

muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel aureliano buendia haveria de recordar aquela tarde remota em que o pai o levou para fazer uma tattoo do justin bieber.

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por Pedro Vieira às 13:33

Sexta-feira, 08.03.13

sociólogos imperfeitos

Sandro acha que dificilmente algo faz mais pela condição feminina do que o adiamento do casamento do doutor miguel relvas.

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por Pedro Vieira às 13:20

Quinta-feira, 07.03.13

it's oh so quiet

a sério, deixem-no estar e em silêncio, deixem-no hibernar, fazer-se de morto, ficar alheado, fingir-se de coma, não venham para os espaços de comentário das televisões pedir, exigir, que se ouça a sua voz, não apelem à institucionalidade do cargo, à importância de alguém que é eleito directamente sem passar pela casa de partida e sem nos brindar com dois mil escudos, quanto mais com euros, mudo e quedo é que ele está bem, chega de banalidades, de tiros ao lado, de discursos de circunstância, de boutades sobre o rei juan carlos e os netinhos, chega de actos falhados nos prémios gazeta, de estatutos dos açores e de dias da raça, de bolos-rei fora de época e de pensões de miséria porque até-já-só-roçam os dez mil euros, rés-vés campo de ourique, travessa do possolo, basta de visitas oficiais, de pratos de arroz com caril que são muito intensos para si e para a sua maria, quer dizer, caril, malaguetas, pimenta na língua é que é, para estimular a boa educação, o mutismo, e impedir os lamentos pelas dez, doze, cento e vinte e seis horas passadas à secretária do palhácio, barrar os apelos canhestros à concertação social, impedir as mensagens fora do facebook e as loas cantadas às vaquinhas que se encostam aos robôs, as mensagens que apelam a um ano novo tão bom quanto possível, os elogios rasgados aos espremedores de nutella quando é o povo, quase no seu todo, que é espremido, moido, esmigalhado pelo napalm governamental, aliás, por alguma razão o napalm é laranja, como o BPN, e os acordos com a Lusoponte, e as cargas policiais, e os negócios que metem a casa da coelha, cala-te, sossega, volta para debaixo daquela pedra com vista para o rio e com retratos coevos que enfeitam as paredes, não te quero escutar, tenho 37 anos e já estou cansado do timbre, da zombaria fardada de responsabilidade, dez anos de primeiro-ministro mais sete de presidente mais dois de ministro das finanças de que felizmente quase não me lembro, volta a fazer a rodagem do carro e desaparece, mas em silêncio, em tabu, que em tempos tanto estimaste e que os inconscientes tanto quiseram que desfizesses, magistratura de influência não quer dizer nada, árbitro do regime não quer dizer nada, cooperação institucional não quer dizer nada, estabilidade não quer dizer nada, chega da lenga-lenga enfeitada das forças de bloqueio e do clássico eu nunca me engano e raramente tenho dúvidas e dos discursos de vitória que mais parecem odes ao rancor e das declarações políticas mascaradas de prefácio. silêncio. não o chamem. não o ouçam. não emprenhem pelos ouvidos, caralho, como dizia a canção do outro.

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por Pedro Vieira às 15:14

Quinta-feira, 07.03.13

teólogos imperfeitos

Ruca faz figas para que do conclave venezuelano possa emergir um não-europeu.

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por Pedro Vieira às 09:40

Quarta-feira, 06.03.13

good news for people who love bad news

 rabiscos vieira

 

good news for people who love bad news: o felicidário chegou ao público, com p grande.

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por Pedro Vieira às 11:58

Terça-feira, 05.03.13

esta semana no irmaolucia... uma resenha da semana passada

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por Pedro Vieira às 11:47

Terça-feira, 05.03.13

media

a primeira vez que tive contacto com um meio de comunicação, com um mass media, aconteceu muito antes de ouvir falar no mcluhan, para mim quentes e frios eram bolas de gelado cobertas com chocolate derretido nas quais pouco fincava o dente, e lembro-me desse contacto como se fosse anteontem, vá, aconteceu precisamente em mil nove e oitenta e cinco, um dia depois de morrer o mota pinto, de quem ainda ontem falava noutro contexto, o diabo a escrita as memórias têm coisas do arco da velha, um contacto graças a uma visita ao jornal a capital, ali ao bairro alto, onde vimos de tudo, jornalistas que martelavam máquinas de escrever, rotativas gulosas de tinta que imprimiam jornais, molhos dos ditos atados com cordel, e para lá chegarmos eu, os meus colegas e a professora fomos de autocarro até sete-rios, no extinto 16B, após o que apanhámos o 15, que fazia a carreira entre sete-rios e o cais do sodré, e o que eu gostava daquele autocarro, resfolegava mais do que os outros e tinha uma espécie de salão de baile na traseira, como o dos eléctricos mas em maior, pelo menos é assim que o lembro, se calhar até era mais acanhado do que a pensão do Cavaco ou do Filipe Pinhal, mas pronto, fomos de carreira e nela regressámos, depois de cada um receber o seu jornal de oferta e de o varatojo, o miúdo mais afoito da turma, ter andado a perseguir pombos no largo do cauteleiro, um fartote de rir, dia cheio e com direito a brinde. 28 anos depois encontro-me de novo mergulhado no 15, noutro tipo de salão, na companhia de outros camaradas, e hoje esse 15 também chega à paragem da zon, depois de 3 anos nas estradas exclusivas do meo, e o meu, o nosso, inferno chega com ele a muito mais olhos, e porque a vida é uma bruta de merda sei que o varatojo já não poderá assistir a esta viagem, faz falta como tantos outros, e se 1985 foi ontem, uma parte do futuro começa hoje. avisem-me se me esquecer do cinto de segurança.

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por Pedro Vieira às 10:33

Segunda-feira, 04.03.13

diplomacia

portas disse num ginásio que temos de proteger a nossa retaguarda. 

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por Pedro Vieira às 11:42

Domingo, 03.03.13

enrugar

um privilégio, poder ver sentir tomar o pulso à nossa gente enquanto trabalho, o melhor de dois mundos, sair à rua e ter por obrigação retratar com ângulos distintos o que se passa, foi por isso que a equipa do Inferno esteve lá, para criar conteúdos, como se diz por aí, e para descer a avenida, propósito escondido com revolta de fora, se não de todos, de muitos, e o que vi foi diferente, habituei-me a estar em manifestações desde cedo, a primeira a que fui visava o mota pinto, 1978 e eu às cavalitas do meu pai, electricista que nem era dado à política mas nos finais de 70, enfim, também com ele fui ao avante na tapada da ajuda, não porque fosse comunista, vermelho, ou marxista dialéctico, sempre esteve melhor no convívio com o alicate e o quadro eléctrico, mas pronto, levar os filhos àquela que era, é, a grande festa popular era importante, criar os filhos num país livre que não conheceu na infância era importante, e a partir daí lá fiz o meu trajecto, marchas protestos indignações manifs, como se diz para abreviar, ranger os dentes cansa, pois, e o que é facto é que nunca como ontem vi tanta gente esgotada, tanto velho, tanta mágoa, tanta gente que já só devia preocupar-se em gozar em paz os últimos anos de vida, sem cortes nem enxovalhos públicos, sem que lhes atirassem à cara enrugada o peso que representam para a sociedade que gasta em inúteis em medicamentos em hospitais em pensões as suas possibilidades, portanto, os novos que emigrem, que saiam da zona de conforto e o caralho a quatro, os velhos que paguem a crise, it's a dirty job but someone's got to do it, situação que os empurrou aos milhares para a rua no limite das suas forças, talvez por isso a atmosfera de ontem fosse mais pesada, a tristeza a mágoa palpáveis de cortar à faca, não sei, não sou sociólogo, politólogo nem adivinho, sinónimo de economista, somos um país envelhecido e nem tudo tem a ver com o facto de nascerem poucas crianças, é que até já os imigrantes nos abandonam, não servimos como deve ser os "nossos" e os que "vêm de fora". centenas de milhares de pessoas na rua. se foi bonita a festa, pá? talvez. para nós tudo o que é melancólico é bonito, para o bem e para o mal.

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por Pedro Vieira às 14:42



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teologia de pacotilha (descontinuado)

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o meu outro salão do reino (descontinuado)

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