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tenho de dar o braço a torcer, a vitória foi justa e surgiu na sequência de 3 anos de frustrações, desorientação, esperanças por concretizar, contestação externa e interna, já para não falar da perda de elementos de referência. no último defeso a coisa esteve mesmo por um fio, depois de uma época em que se definiram objectivos que estiveram à mão de semear, à custa de muitos sacrifícios, e que acabaram por gorar-se, e bom, a verdade é que os da minha barricada não estiveram à altura, razão pela qual não sofro de qualquer azia nem sequer ressentimento quando afirmo:
parabéns pela saída limpa, passos coelho. é totalmente merecida.
sendo que a páscoa é móvel, hoje faz mais ou menos 30 anos que desfilei pelas ruas de braga vestido de jesus cristo, manietado por quatro romanos de palmo e meio, alma e meia, disposto a sacrificar-me pelos pecados vícios desmandos dos homens, ali do alto da minha coroa de espinhos de plástico, fancaria de fé a que temos direito.
gosto de efemérides. não têm nada que agradecer.
imagine-se se fosse má.
e Sandro está curioso para saber o que é que ela vai cantar na apresentação do documento estratégico orçamental.
contaram-me que no concerto de apresentação do novo disco, o legendary tigerman reagiu à agitação de algum povo pouco interessado no espectáculo com o seguinte remoque: "estou aqui para levar-vos numa viagem, se não estão interessados ponham-se no caralho".
às vezes sinto que é exactamente isto que o passos nos anda a dizer neste concerto que já dura há 3 anos.
então tomai e comei, um canhenho mesmo a propósito desta época, de abril e de memórias, e de placas arrancadas da fachada da antiga sede da pide que no fundo nunca existiu, comei e bebei este livro honesto, corajoso, história de um homem, um individuo, com os olhos postos naquela época mais propícia a ser narrada em nome do colectivo, uma história que recomendo e que não me maravilhou, e não chega a ser paradoxo, em parte porque as vidas que aqui se contam enfermam daquilo que eu enfermo também, uma necessidade de atolar a escrita de referências, um pavor de tactear palavras e gente que queimam, um narrador em auto-defesa, o medo de quem escreve à vista de todos, e ainda assim a coragem da autora prevalece, e a vida do joaquim, e o josé mário branco nos interstíticios, e os the clash em epígrafe, que maravilha, o josé mário da inquietação que nos é tão cara. e não o josé mário branco do "eu vi este povo a lutar", até porque. ah, a lucidez.
o sócrates não aprecia sopa de peixe com leite de mamas.
substantivo que permite a durão barroso alertar para o bpn em 2002 e pôr na presidência do congresso do psd o dias loureiro em 2004.