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irmão lúcia



Quarta-feira, 30.08.17

cadernos de leitura #3

 

35111651.jpg

um dia na vida de... melhor, um dia na morte de um homem. de um jovem. 24 horas que dão corpo a um romance escrito de forma clínica, que corta cerce, sem gorduras nem sentimentalismos, numa reflexão muito bem tecida acerca da perda. a forma como lidamos, ou não, com ela, aquilo que define a vida e a morte, o modo como o próprio homem a define. e a metáfora do coração, tão estafada, tratada de forma superior. as personagens boiam numa espécie de vigilância, cada um no seu tempo e espaço que, à força da vida em comunidade, são partilhados aqui e ali com terceiros. terceiros mergulhados na dor e no espanto, gente que tem por missão alimentar o ciclo da vida, personagens que assistem mais ou menos de perto ao teatro da vida. a questão do transplante, eminentemente filosófica, atravessa o romance. a memória e a ausência também. a morte varrida do espaço público, sacrificada ao bom gosto do social contemporâneo. morremos sozinhos, a vida dos outros continua, e não há romance ou obra arte que resolva esse problema. este livro, drama pacificador, ronda lá perto.

edição teodolito.

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por Pedro Vieira às 13:02

Terça-feira, 29.08.17

state of the art: bloco de actividades andré ventura

bloco de acitivdades.jpg

 

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por Pedro Vieira às 15:14

Sexta-feira, 25.08.17

cadernos de leitura #2

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um libelo contra a exploração e o capitalismo, passe a redundância, escrito em 1970 mas embaraçosamente actual. ainda assim, este ensaio político engajado não permite desfrutar da elegância da escrita de Galeano, servindo antes como um panfleto com mais corpo e muitas histórias ilustrativas. lendo este livro entendemos também o papel das figuras providenciais e dos anseios por líderes que restituam a dignidade aos povos da américa latina, depois de séculos de rapina e abuso sistemático, mesmo internamente. por exemplo, ajuda a perceber o que se passa em países como a venezuela, sobre a qual tanta gente fala de cátedra e a preto e branco. por exemplo, foi você que pediu um "caracazo" como o de 1989? nessa altura haveria menos deputados portugueses preocupados com a sorte - e o azar - daquela gente.

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por Pedro Vieira às 21:29

Sexta-feira, 18.08.17

sobral de monte agraço já tem um parque infantil.

e graças ao terramoto terá uma baixa pombalina.

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por Pedro Vieira às 11:57

Quinta-feira, 17.08.17

state of the art

IMG_1899.JPG

 

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por Pedro Vieira às 16:02

Domingo, 13.08.17

Sandro constata

Soup-Nazi-Banner.jpg

os nazis na américa tinham mais graça quando se ocupavam das sopas.

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por Pedro Vieira às 13:41

Sábado, 12.08.17

cadernos de leitura #1

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 um entre milhões. um retrato entre milhões que poderiam ser feitos dos homens e mulheres quebrados pelo Poder, com maiúscula. neste retrato em três andamentos, vemos (lemos) a vontade dobrada de chostakovich retratada com ironia e amargura, como se estivéssemos a folhear o seu diário. aliás, é um romance que é um diário que é um ensaio, com muitas tonalidades de cinzento. porque não há virtudes absolutas nem homens impolutos nem sistemas perfeitos. aqui não há uma narrativa escorreita, não se trata de uma biografia ficcionada convencional. é antes uma espécie de colecção de aforismos, com a conhecida wit dos britânicos, em geral, e de julian barnes, em particular, que desafia temas como a literatura, o papel da arte ou monstros sagrados stratford-upon avon:

"E, no entanto, apesar disso tudo e da maneira sem paralelo como representava tiranos afundados em sangue até aos joelhos, Shakespeare era um bocado ingénuo. Porque os seus monstros tinham dúvidas, pesadelos, rebates de consciência, culpa. Viam levantar-se à frente deles os espíritos daqueles que haviam assassinado. Mas na vida real, ante o terror real, onde estão a consciência e a culpa? Onde estão os pesadelos? Era tudo sentimentalismo, falso optimismo, esperança de que o mundo fosse como nós queríamos que fosse e não como era".


um bom efeito colateral desta leitura - eu, ignaro, fiquei com muita vontade de conhecer a música de chostakovich, prokofiev ou stravinski. três homens que lidaram de forma distinta com o Poder. aquele Poder. três homens imperfeitos. a fechar, um poema-síntese que de Ievtuchenko que consta do livro e que o condensa na perfeição.


"No tempo de Galileu, um colega cientista
Não era mais estúpido do que Galileu.
Tinha plena consciência de que a Terra girava,
Mas também tinha uma família grande para alimentar".

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por Pedro Vieira às 12:12


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