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manifesto de intenções: não aprecio, desconheço, ignoro, não me puxa, sinto-me longe dela, da produção literária de ficção científica. e no entanto, como acontecerá com muita dessa produção, este romance usa o futuro para falar do presente, e para expor precoupações da autora (a literatura com função social?), coisa que até passa por mal-vista pela entourage bem-pensante e relativista, ui, malvados dos neo-realistas mas eu cá acho que os gaibéus é do caralho, mas enfim, que é que eu sei da poda, desta ou da poda da Montero, que traveste um romance preocupado, de alguma forma militante, num pastiche assumido das preocupações à blade runner, o título vem daí, travestido num thriller embebido do futuro da humanidade, exclusão, racismo, tensão, pulsão da morte, tema que aliás encharca a preocupação de inúmeros escritores. gostei sem me sentir arrebatado, mea culpa. Rosa Montero acaba de fazer 60 anos e projecta-nos no futuro com uma personagem cujo nome tem inspiração no alter-ego second life da autora. toda a escrita é auto-biográfica? tem dias. muitos. as lágrimas na chuva? quem não as soltou que lance a primeira pedra. biónica. não gosto de ficção científica and yet...