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a falácia que reza "não tenho tempo para ler" é coisa que encanita, há sempre tempo para ler, há sempre mais tempo para ler, o que se passa é que trabalho, outros lazeres, seriados, internetes, viagens, amores, mergulhos e obrigações, olhar para a parede e ronha e discos e concertos quando sobra para o bife, e tudo e mais um par de sanjos, fazem com que a leitura mesmo de livros que é ler mesmo a sério daquela com lombada e jornais não contam encolha, mirre, se esconda, e depois vem a culpa, a ladainha da formação judaico-cristã, porque é que, para o ano coiso, enfim, ainda assim pus os olhos da esquerda para a direita, de cima para baixo em três dúzias de canhenhos e mais uns pozinhos, e desses destaco dez.
"purgatório", tomás eloy mártinez, porto editora
"a grande arte", rubem fonseca, sextante
"o homem que gostava de cães", leonardo padura, porto editora
"os dias de davanzati", hector abad faciolince, quetzal
"extremamente alto e incrivelmente perto", jonathan safran foer, bertrand
"a ilha de caribou", david vann, ahab
"jesus cristo bebia cerveja", afonso cruz, objectiva
"dois rios", tatiana salem levy, tinta da china
"os cães de tessalónica", kjell askildsen, ahab
"a arte de viver à defesa", chad harbach, civilização
e a pairar por cima deles mais um, o que me encheu mais as medidas, ainda por cima de um autor chamado Sandro, para o ano hei-de cantar loas a um Ruca ou a uma Carina, assim o senhor o permita, que é como quem diz, vitor gaspar. lede, lede e sede felizes, e se não puderdes comprá-los juntai-vos a eles. nas bibliotecas públicas, por exemplo, enquanto las hay. é como as bruxas.