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a Tempestade da Praga, sim senhor, sala grande do ccb, uma desconstrução é uma desconstrução é uma desconstrução, a quarta parede nem sequer chega a existir, enxovalham-nos o conforto logo no arranque, algo do pecado mortal do ego, umbigos, atrevimento para pegar no shakespeare e sová-lo, tirar o tapete ao espectador, costuras do processo criativo que-afinal-é-resultado-final à mostra, o Andre a fazer de Próspero a fazer de MC, como no hip-hop, a sagacidade de pôr o espírito mágico Ariel a dar nome aos gajos dos efeitos especiais, touché, salada de frutas intelectual, e muita coisa me passa ao lado, faltam-me bagagem, horas de voo, experiência de frente para o palco, shakespeare nas veias, entre outros, mas concedo, o que conta é a viagem, bem-vindo a bordo grumete dos serões culturais, curioso é perceber que a nata dos entendidos, dos militantes, dos indefectíveis, dão risada, como dizem os brasileiros, sempre que se ouve um palavrão. é como nos espectáculos do fernando rocha.