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por estes dias morreu um homem sábio, joão pinto e castro. não estive nas exéquias fúnebres, mea culpa, mas para recordar este homem, e porque o conheci graças ao maravilhoso e maldito mundo dos blogues, poço de tiroteios e amizades, de pontapés nas bolas e de abraços cúmplices, dizia, para recordá-lo repesco um episódio com cinco anos, trabalhava eu na defunta byblos, aquela espécie de livraria-ícaro que não tardou em espatifar-se no solo das dívidas, e só queria encontrar uma saída, um novo trabalho, um local mais decente e menos megalómano, um patronato um pouco mais sério, e nessa tentativa disparei vários emails pedindo uma luz, porque no fundo sou mais um dos inúmeros piegas que campeiam por aí, queixando-me das condições, dos incumprimentos e dos problemas com os pagamentos ao final do mês, sendo que a resposta do joão, economista, professor, colunista, blogger, polemista, senhor do melhor dos humores, foi:
"Salários? Mas que ideia tão estranha... O país não pode avançar com uma mão-de-obra tão destituída de espírito empreendedor."
assim, sexo, demolidor, hilariante, avant la lettre.
obrigado joão pelo wit e pelo resto, como se diz agora. obrigado Joe Fingers pelo recordar do episódio.