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é que apesar da austeridade, do programa que foi além da troika, da engenharia social, do aumento da pobreza, dos cortes nos salários, dos cortes nas pensões, do definhamento dos abonos, da demissão irrevogável e das privatizações nos saldos, do caos na justiça (acabou a impunidade, dizia ela) e do empurrar da educação para as mãos dos privados, apesar do aumento enorme de impostos e das medidas inconstitucionais, da emigração massiva, do desemprego com números recorde, do aumento da precariedade, do crescimento da dívida, dos hospitais sem betadine (nota pessoal) e do fim do rsi, apesar da reforma do estado a triplo espaço e dos vistos gold, apesar do miguel macedo e da tecnoforma, da segurança social por pagar e da ministra que fez swaps, apesar dos cortes na ciência e do fim do ensino artístico, apesar da guiné equatorial e do orçamento microscópico da cultura, do novo banco que ainda vamos pagar e das contas escondidas, do relvas e do fecho dos tribunais, das colocações de professores e do assistencialismo, da sobretaxa e do fogo cerrado sobre a função pública, apesar dos 50% de portugueses que ganham menos de 8000 euros por ano e dos polícias que batem quando não sobem escadas do parlamento, apesar dos medicamentos em falta nas farmácias e dos velhos que voltaram a ter de cuidar dos filhos e do recuo sem precedentes do pib, apesar disso as coisas, no fundo, até correram bem.