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então tomai e comei, um canhenho mesmo a propósito desta época, de abril e de memórias, e de placas arrancadas da fachada da antiga sede da pide que no fundo nunca existiu, comei e bebei este livro honesto, corajoso, história de um homem, um individuo, com os olhos postos naquela época mais propícia a ser narrada em nome do colectivo, uma história que recomendo e que não me maravilhou, e não chega a ser paradoxo, em parte porque as vidas que aqui se contam enfermam daquilo que eu enfermo também, uma necessidade de atolar a escrita de referências, um pavor de tactear palavras e gente que queimam, um narrador em auto-defesa, o medo de quem escreve à vista de todos, e ainda assim a coragem da autora prevalece, e a vida do joaquim, e o josé mário branco nos interstíticios, e os the clash em epígrafe, que maravilha, o josé mário da inquietação que nos é tão cara. e não o josé mário branco do "eu vi este povo a lutar", até porque. ah, a lucidez.